eCash: Bitcoin Cash ABC (BCHA) muda de nome, adota staking e dispara 48%
O preço do Bitcoin ABC, um fork da Bitcoin Cash, disparou 48% após o projeto anunciar que vai mudar seu nome para eCash e adotar staking da criptomoeda. Patrocinados
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As mudanças estão programadas para ocorrer no domingo (1). Com ela, o token do projeto, o BCHA, deve passar a ser chamado XEC.
O projeto do eCash é desenvolvido por Amaury Sechet, um antigo engenheiro do Facebook que fundou o Bitcoin Cash e atuou nele junto com o cofundador Roger Ver até 2020, quando o fork do Bitcoin ABC foi feito. O objetivo da nova moeda, segundo ele, é poder ser usada no lugar de dinheiro fiduciário como forma de pagamento.
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Segundo Sechet,
“O eCash abre as portas para possibilidades até agora inalcançáveis ao combinar as tecnologias principais por trás do sucesso do bitcoin – a mesma oferta fixa, calendário de halving e bloco gênesis – com o mais recente consenso proof-of-stake e protocolo de governança”.
Uma das novidades do relançamento é a possibilidade de fazer staking com a criptomoeda. “O eCash é a única criptomoeda baseada em bitcoin com inflação baixa a oferecer recompensas de staking sem as altas taxas de transação comuns no Ethereum”, segundo os desenvolvedores.
A expectativa é que, em um futuro próximo, seja possível fazer staking do token para obter recompensas nativas on-chain. As baixas taxas de rede também devem permitir a desenvolvedores a criarem projetos na blockchain da eCash, assim como criar e negociar novas criptomoedas.
Uma das estratégias para ajudar a popularização do eCash é a redução de suas casas decimais, que passarão de oito para dois, como ocorre normalmente em moedas fiduciárias.
“Nenhuma moeda tem oito casas decimais, então por que cripto deveria ter? Criptomoedas com unidades de preço menores contam com apreciações de mercados de alta maiores. Uma vez que a equipe do eCash é incentivada tanto por tecnologia quanto melhores preços, esta mudança era óbvia”, afirma Sechet.
O eCash também deve adotar o Avalanche, um algoritmo de consenso capaz de reduzir os tempos de confirmação de transações para menos de um segundo. A informação foi confirmada pelo jornalista chinês Colin Wu.
Bitcoin ABC has officially changed its name to eCash and has received Binance support for its upgrade. It plans to launch the avalanche protocol in the summer and plans to join the EVM to enter the DeFi ecosystem. Distributed according to 1 BCHA = 1,000,000 XEC. https://t.co/pFObk4bm0N — Wu Blockchain (@WuBlockchain) July 1, 2021
Preço do eCash dispara
O anúncio das mudanças no protocolo eCash fizeram com que o preço do token disparasse. De acordo com dados do CoinGecko, o BCHA era negociado a uma média de US$ 28 até a noite de quinta-feira (30).
Durante a madrugada, o preço do token alcançou US$ 42,48, sofrendo uma correção em seguida. Uma nova onda de crescimento ocorreu, levando a criptomoeda a US$ 45,92. No momento da publicação deste artigo, o preço do BCHA é de US$ 42,34, o que representa um aumento de 48% nas últimas 24h.
A BCHA ainda é cotado 27,5% abaixo da sua máxima histórica de US$ 57,59, atingida no dia 10 de maio de 2021. No entanto, apenas no último mês, ela já praticamente dobrou de valor.
BCHA quase dobrou de preço no último mês. Fonte: CoinMarketCap
Binance endossa eCash
O crescimento do BCHA também foi impulsionado pelo endosso da Binance, que anunciou seu apoio à campanha de mudança da marca. A exchange informou que todas as moedas BCHA nas carteiras de seus clientes serão convertidas automaticamente em XEC em uma razão de 1:1.000.000 assim que o processo de conversão for iniciado.
A Binance também passará a listar o par XEC/BUSD em seus serviços. Há planos de oferecer poupança em XEC, mas a data em que isso irá ocorrer ainda não foi revelada.
Mercado de criptomoedas é como o “Velho Oeste”, diz presidente da SEC
O presidente da Securities and Exchange Commission ( SEC , a comissão de valores mobiliários dos EUA), Gary Gensler , disse que os investidores precisam de mais proteção no mercado de criptomoedas , que está “repleto de fraudes, golpes e abusos”, segundo ele.
Gensler, nomeado pelo presidente Joe Biden para liderar o órgão que regula os mercados de valores mobiliários, listou várias áreas onde o mercado de criptomoeda precisava ser controlado ou regulamentado, principalmente no que diz respeito à lavagem de dinheiro, sanções, cobrança de impostos e extorsão via ransomware, que criptografa e sequestra dados da vítima.
“No momento, simplesmente não temos proteção suficiente para o investidor em criptomoeda”, disse Gensler, em comentários ao fórum sobre segurança do Aspen Institute. “Francamente, neste momento, [o mercado de criptomoedas] é mais como o Velho Oeste”, afirmou.
1 de 1 “No momento, simplesmente não temos proteção suficiente para o investidor em criptografia”, diz Gary Gensler, presidente da SEC — Foto: AP Photo/J.Scott Applewhite, arquivo “No momento, simplesmente não temos proteção suficiente para o investidor em criptografia”, diz Gary Gensler, presidente da SEC — Foto: AP Photo/J.Scott Applewhite, arquivo
Moedas digitais, como o bitcoin, não foram regulamentadas pelos principais governos até agora. Em junho, a China ordenou o fechamento das operações de mineração de criptomoedas e os bancos começaram a se recusar a ajudar os clientes com transações bitcoin.
Embora a SEC tenha aberto e vencido dezenas de casos contra fraudadores, Gensler disse que a agência precisa de mais autoridade do Congresso - e mais recursos - para regular os mercados de criptografia.
Gensler tem sido visto como receptivo à criptomoeda e outras novas tecnologias financeiras após uma passagem como professor no Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT, nas iniciais em inglês), onde focou sua pesquisa e ensino em políticas públicas, bem como em moedas digitais e blockchain.
Funcionário da Goldman Sachs por 20 anos, Gensler surpreendeu muitos com sua dureza como regulador da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC, na sigla em inglês) durante o governo de Barack Obama.
O evento desta terça-feira (03) marcou a primeira vez que o Aspen Institute incluiu uma discussão sobre criptomoeda no fórum sobre segurança nacional.
Gensler iniciou seus comentários dizendo que não estava falando em nome da SEC ou de sua equipe, mas que pessoalmente acredita que a regulamentação das criptomoedas cairia sob a alçada de sua agência.
Criador de criptomoeda é condenado a cinco anos de prisão
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O criador de uma criptomoeda nos Estados Unidos foi condenado a cinco anos de prisão, após confessar ter praticado golpe contra os investidores do negócio.
No mercado de criptomoedas é comum o surgimento de novos projetos diariamente, com vários afirmando ser até melhor que o Bitcoin, a principal do mercado. O site CoinMarketCap, por exemplo, lista mais que 11 mil moedas digitais que já foram criadas.
Vale notar que, mesmo com essa extensa lista de criptomoedas, o Bitcoin tem um domínio de 44% do mercado, seguido pelo Ethereum que domina 18%. Assim, fica claro que muitos projetos são irrelevantes ou desconhecidos e podem até representar grandes riscos para investidores.
Criador de criptomoeda é condenado a cinco anos de prisão, apoiada por famoso boxeador Evander Holyfield
Em 2017, o mercado de criptomoedas viu florescer uma prática chamada de Oferta Inicial de Moedas (ICO), que consistia em apresentar um projeto e captar investimentos diretamente com pessoas.
Desse modo, milhares de criptomoedas foram criadas, mas muitas não se provaram com o tempo. Uma delas é a AriseCoin, criada por Jared Rice.
Entre investidores, essa criptomoeda ganhou fama após ser apoiada até pelo ex-boxeador Evander Holyfield, principal rival de Mike Tyson.
Boxeador Evander Holyfield endossou criptomoeda AriseBank
A AriseCoin era apenas uma fachada para um golpe de investimentos no mercado de criptomoedas. De acordo com a justiça dos Estados Unidos, essa empresa cometeu uma fraude de títulos no país, ao operar a oferta de investimentos sem autorização para fazer este movimento.
Na época do ICO, a AriseCoin captou cerca de US$ 4 milhões com investidores, o que daria R$ 20 milhões com a cotação do Dólar em R$ 5,21 hoje.
“O CEO do AriseBank, Jared Rice, Sr. – que resolveu uma ação civil envolvendo AriseCoin movida pelo escritório regional de Fort Worth da SEC no ano passado – se confessou culpado de uma acusação de fraude em títulos em março de 2019. Ele foi condenado na quarta-feira pelo juiz distrital dos EUA Ed Kinkeade, que ordenou que ele pagasse $ 4.258.073 em restituição.”
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Criador da AriseCoin prometeu o que não era possível cumprir
Ao captar investimentos, a AriseBank, que criou a AriseCoin, prometeu fazer parcerias com a Visa, ter autorização para processar pagamentos bancários e até autorização da FDIC, agência federal dos Estados Unidos que cuida de seguros bancários. A justiça norte-americana lembrou que nenhuma das promessas era verdadeira.
“Na realidade, o AriseBank não tinha autorização para realizar operações bancárias no Texas, não era segurado pelo FDIC e não tinha qualquer tipo de parceria com a Visa.”
Após captar milhões de pessoas, Jared Rice, 33 anos, passou a viver uma vida de luxo, gastando os recursos para benefício pessoal. Mesmo após confessar sua fraude para autoridades, o criador da criptomoeda condenado a prisão continuou escondendo essa informação das pessoas.
Antes desse golpe, ele já havia praticado outras fraudes pela internet e fora condenado em esferas estaduais, informação que também nunca fora revelada aos investidores da AriseBank.
Para comprar AriseCoin os investidores utilizaram Bitcoin, Litecoin e Ethereum, além de Dólar, repassando ao golpista US$ 4,2 milhões. Assim, além da condenação a prisão, Jared Rice terá que pagar uma multa do mesmo valor arrecadado para ressarcir as vítimas.
Fonte: Livecoins